domingo, julho 30, 2006

...

A maldade é uma coisa que me entristece muito. Fico me perguntando o porquê de algumas pessoas terem sentimentos tão ruins em relação a outras. O que será que se passa no coração delas, pra desejarem o mal, não um mal qualquer, mas um mal que tira vidas, que desfaz lares, que assombra. Não sou santo, mas não consigo me ver desejando algo que vá arruinar uma vida.

Ainda assim, tenho para mim, no meu coração, que o bem sempre acaba vencendo. Que existe lá em cima um Deus que assiste a tudo e sabe o que faz. Um Deus que vai jogar por terra todo mal e que vai trazer alegria, vida, felicidade, saúde, bem estar para as pessoas que ele sabe de bem. Eu não deixo de acreditar. Talvez hoje seja um bom dia para isso, é Ele quem vai dizer.

sexta-feira, julho 28, 2006

Uma vez Flamengo...

Sobrevivi à derrota do Vasco na quarta-feira e estou de volta. Primeiro gostaria de parabenizar o Flamengo, pela merecida vitória em cima do Vasco. O time da Gávea foi infinitamente superior ao Gigante da Colina, que mais uma vez se apequenou diante do rubro-negro.

Agora é esperar pelo hexa. Hexa-vice campeonato em cima do Flamengo. O rumual está de volta!!!! Fazer o quê né...

terça-feira, julho 25, 2006

Sobre mentir...

A cena se passa no metrô do Rio, por volta das 22h – aliás, as melhores cenas se passam sempre em veículos sobre trilhos. A menina, acompanhada de um rapaz, trava o seguinte diálogo com a mãe pelo telefone, sob os olhares do moçoilo.

– Mãe, não se preocupe, estou aqui bebendo com umas amigas e vou dormir na casa de uma delas na Tijuca.

Estava na cara – e não precisava ser muito inteligente pra isso – que ela estava mentindo. Iria dormir na casa do rapaz que a acompanhava. Nesse momento me veio uma reflexão sobre a mentira. Conclui que a mentira move a humanidade, sem ela não seria possível um mundo como o nosso.

Imaginem quantas coisas deixariam de acontecer se falássemos a verdade o tempo todo. Uma noite de amor daquela menina seria uma delas. Talvez uma gravidez. Tá, talvez fosse assaltada na porta da casa do namorado. Não importa, muitos amores deixariam de se concretizar. Um primeiro beijo, uma primeira transa, o primeiro chopp com os amigos, um golaço no futebol, ver seu time ser campeão da Copa do Brasil (rs*), tudo em nome de uma sinceridade total impossível.

Por falar em amigos, seria impossível tê-los se falássemos a verdade o tempo todo. Quantas vezes falamos que alguém está bem, quando está na cara que a pessoa está um trapo. Ou quando vamos falar mal de alguém que a pessoa acabou de conhecer e está apaixonada. Até mesmo contar uma traição. Já vi amizades destruídas por conta desse exercício de alcagüete.

Embora esteja longe de ser uma virtude, mentir exercita a criatividade. Faz a mente funcionar. Serve até para inventar uma boa desculpa para o chefe por aquela besteira enorme que acabou de fazer. Aumenta a adrenalina e ativa o metabolismo. Até emagrece, possivelmente.

Como tudo, exatamente tudo na vida, mentir tem que ser na medida certa. Sem exageros, sob pena de o mentiroso acreditar nas próprias mentiras e viver num mundo paralelo. Mas viver sem ela, já atestei, é impossível.

Enfim, mentir é do ser humano e dá ao mundo a dinamicidade que ele tem hoje. Ah, como seria chato um mundos sem mentiras.

quinta-feira, julho 20, 2006

Melhor de três...

Na melhor de três, está 1 x 1, que venha o desempate na quarta-feira.

PS: tinha preparado um texto tão legal, mas meu humor não está lá essas coisas hoje. Não sei por que...

terça-feira, julho 18, 2006

Você entuba

Definitivamente estamos vivendo a era do You Tube (seria "você entuba"?). Depois do glorioso Fernando Vanucci reverenciar Canavarro, Toti, Zambrotta e "Ahhhh, Itália" é a vez da senhorinha de 68 anos que deu depoimento logo após o capítulo de sábado de Páginas da Vida. Longe de emitir juízo de valor sobre seu relato, o que quero dizer é que hoje nada escapa aos olhos da internet. Isso me lembra uma passagem da bíblia, especificamente o livro do Apocalispe: "Todo olho O verá", em referência a volta de Jesus Cristo ao nosso plano. Isso me dá medo.

domingo, julho 16, 2006

"Ahhhh Itália"



Acabei de saber, por intermédio de meu amigo e maquinista da Supervia, Carlos Ramiro, que os 20 trens coreanos encomendados pelo governo do estado agora serão só 10. A governadora Rosinha Garotinho deu um calote no BID - que estava financiando as locomotivas - e por isso, ficamos sem todos os trens que viriam. Lamentável mais uma vez. Quando teremos um transporte de massa decente no nosso Rio de Janeiro? As linhas de ônibus são desorganizadas, sobrepostas umas às outras em alguns lugares, faltando em outros. O metrô, apesar de bom, ainda é limitado, e os trens, embora tenham melhorado, ainda precisam de um upgrade muito maior. Como diz o Vanucci bêbado: "Ahhhh Itália"

sexta-feira, julho 14, 2006

Sobre falsários e estupidez...

Hoje recebi mais um daqueles textos mirabolantes do "Arnaldo Jabour" (sic). Desta vez era ensinando aos homens como não serem cornos. Olha eu nunca li tanta estupidez em tão poucas linhas. Fuçando na internet descubro que o texto nada tem do verdadeiro Jabor - não Jabour, como veio assinado o texto falso - e que em sua coluna semanal em O Globo, nesta segunda, ele havia escrito exatamente sobre os textos falsos com sua autoria circulando na internet. Vale a leitura, sem sombra de dúvida. E vale também para as pessoas não acreditarem em tudo o que recebem pela internet, desde o fígado na banheira com gelo ao número embaixo da caixa de leite.

Clique aqui para ler o texto. Boa leitura a todos

quarta-feira, julho 12, 2006

Fecha a conta e passa a régua...


Todo mundo já deve ter visto, mas não pude deixar de registrar isso aqui. Trata-se do jornalista Fernando Vanucci (ex-Rede Globo) apresentando o programa Bola na Rede!, na Rede TV!, neste último domingo, após o jogo entre Itália e França, na qual a primeira se sagrou campeã. Vanucci dá claros sinais que está completamente bêbado e mancha mais uma vez sua carreira de apresentador televisivo. É ultra engraçado, mas analisando friamente, dá pena. É coisa de alcoólatra ou de gente muito irresponsável. Como conheço bem a primeira opção - já vivi isso em casa - fico com ela. Alcoolismo é coisa séria. Uma pena.

O vídeo está neste link

segunda-feira, julho 10, 2006

Perdeu Mano!


Ufa! Consegui reduzir o preço do seguro do meu carro. Mesmo assim está caríssimo. Sem contar os juros do parcelamento, estou pagando por ano, 20% do valor do meu carro. Que absurdo é termos de pagar pelo o que o Estado não investe em segurança. Vivendo sob o constante risco do "Perdeu, Mano". Isso tudo me cansa. Me cansa muito.

sexta-feira, julho 07, 2006

Tudo é possível


Quando meu professor de psicologia da faculdade dizia que "A mim, ser humano, tudo me é possível" (sic) eu não levava muita fé. Mas ontem acabei comprovando a teoria. Já vinha pensando em escrever algo sobre o assunto, mas era pra ser um texto curto, parte da série "Tem lei para quê?". No entanto, me arrisco agora a escrever um texto longo e que talvez minhas leitoras - e leitores - não cometam a bobagem de chegar ao seu final. Mas se chegarem, vou estar lá e compartilhar meus pensamentos.

Bem, o assunto era a lei que determina a criação de um vagão específico para mulheres nos trens e metrô do Rio. Por si só um assunto polêmico até mesmo entre as meninas, o que dirá entre os homens. Eu ia dizer que vejo todos os dias homens nesses vagões desrespeitando a lei – e quiçá as mulheres. Embora não concorde com esta lei (calma meninas, explico depois), acho que ela tem de ser cumprida. E não está sendo.

Eu explicar depois, mas vou explicar logo, sob pena de tomates, ovos e tortas na cara. Separar as mulheres em um vagão só, para mim, é um tremendo absurdo. Primeiro porque é como se fosse um apartheid (peguei pesado né?), segundo é que a probabilidade de você conhecer alguém no metrô e se apaixonar agora é mínima. Imaginem quantas histórias vão deixar de ser contadas. Por último, o que tem que se cobrar é respeito dos canalhas, pervertidos, abusados, assanhados que encostam seus corpos (pra ser mais suave) nos das pobres incautas meninas, não separá-los em outros vagões. E o pior, as mulheres que resolvem ir nos vagões normais ainda correm o risco de serem curradas, porque o raciocínio masculino predominante vai logo se encarregar de criar: "Se tá aqui é pra ser sarrada" e outras pérolas mais.

Por que escrevo sobre isso tudo? Ontem passeando no Orkut, procurei uma comunidade do metrô, do tipo "Eu ando de Metrô". Pra minha surpresa - nem tanta - havia uma com título algo parecido como "Encoxadores do Metrô Rio". Até então pensei que os caras haviam se profissionalizado e estavam ali para trocar experiências sobre os abusos e suas vítimas femininas. Para minha surpresa era uma comunidade gay, com caras marcando "encontros" em vagões tais, portas tais, que se tivesse ali, poderiam passar a mão no p... deles, que eles passsavam no de quem tivesse ali. Uma loucura. Minha primeira providência foi evitar a segunda porta do primeiro vagão, pois é ali que estão os encoxadores gay. Meu deus, tem de tudo nessa comunidade. Conclusão, o apartheid criou um nicho para os gays, que não são mais obrigados a conviverem com tantas mulheres a sua volta, pelo menos na hora do rush.

Dentro dessa comunidade, achei indicação para uma outra, essa sim dos "encoxadores" profissionais de ônibus, trens, filas de banco (?!), vitrines de lojas (?!). Eles lá trocavam experiências sobre as encostações e esfregações, ensinavam táticas, estabeleciam metas diárias e mensais, tinha de tudo. É a institucionalização da sacanagem. A oficialização da libertinagem masculina - e feminina. Mais engraçado era ver alguns relatos de meninas - uma até muito bonitinha, não parecia ser perfil falso - que gostavam (pouquíssimas), também contando suas experiências.

Olha, até acho que no metrô podem haver algumas situações digamos assim excitantes. Sei que é agora que vêm os tomates. Mas muitas vezes é inevitável e quem pega metrô lotado sabe disso. Não estou falando de abusos, mas sim de coisas leves, ficar perto de uma mulher cheirosa, um certo contato físico, repito, sem abuso, sem aquilo enconstando naquilo outro, nem mãos distraídas, como os relatos da dita comunidade. Mas entrar no orkut para dividir experiências de coisas que já se sai de casa pensando nelas, todos os dias, é muita falta do que fazer. Ou então o século XXI está nos deixando loucos mesmo, como eu escrevi outro dia por aqui. Aos poucos vão todos embarcando nesse trem de tantãs que é a existência humana.

Com isso vejo que realmente "tudo me é possível", até onde vão as taras e as mentes do ser humano, se é que elas param em algum lugar. E a internet é o território livre ideal para essas pessoas extravasarem suas mais íntimas fantasias e colocaram ali, tudo que pensam, sem medo de serem descobertos, na prática de um exercício de absoluta catarse.

Desestimulado

Ai que falta de disposição. Estou ficando gripado. Tinha tantas idéias boas pra colocar "no papel", mas estou tão sem ânimo, que está sendo ruim até escrever essas parcas linhas. Hoje ainda posto algo decente por aqui.

terça-feira, julho 04, 2006

Pensamento

A vida é uma espécie de loucura que insistimos em continuar acreditando
Roberto Carlos Francellino

segunda-feira, julho 03, 2006

Chorei sim


Henry toca para o fundo das redes, prorrogando para 2010 o sonho do hexa


Eu confesso, chorei. Foi minha sexta Copa do Mundo, pelo menos das que eu tenho consciência. Chorei porque queria ganhar mais uma vez, extravasar a alegria dentro de mim. Explodir, abraçar os amigos, estar em um plano de pura alegria, mesmo que momentânea e para alguns falsa. Mas não deu, dessa vez nem na final chegamos. Vi crianças chorando - afinal, desde a existência delas o Brasil pelo menos chega a uma final de copa. Chorei e vou chorar de novo quantas vezes for preciso. Não vou entrar para o time dos que falam "eu já sabia", "eu estava preparado para isso", "eu nem liguei, eles ganham rios de dinheiro". Paixão é uma coisa que não se explica com a razão. Por isso é inútil encontrar alguma racionalidade em torcer pela seleção brasileira. Aguardo a próxima copa e se for preciso mais 20 anos, como meus pais aguardaram desde 1970 para ter aquela explosão do "É TETRA!!!", aquela loucura que faz de nós brasileiros os melhores torcedores do mundo. Chorei sim.