segunda-feira, julho 30, 2007

Friiiiio.....

Alguém aí pode desligar o ar condicionado?

sexta-feira, julho 27, 2007

Quanta babaquice...

Não sei o que está acontecendo com o brasileiro, mas acho que o Pan subiu à cabeça de uma parcela da mídia que tem criticado coisinhas absurdas. Uma delas é a grande celeuma que se está fazendo em torno das vaias aos atletas estrangeiros no Pan. E claro à vaia ao presidente Lula. Porra, povo é povo. As pessoas estão bricando, zuando, se divertindo, tem mais é que vaiar quem quiser vaiar a aplaudir quem quiser aplaudir. Quanta babaquice.

Outra coisa foi o tal top, top, top, feito pelo ministro lá no seu gabinete. Embora seja uma pessoa pública, o cara tem direito de fazer o tal gesto em que a palma da mão aberta encontra o punho cerrado. Desde que não faça isso para o povo. Ele fez pra TAM, que todos sabem, deixou o avião voar com um reverso pinado (travado) – já reparou como todo mundo agora é especialista em avião? O governo teve sim sua parcela de culpa, mas o cara é humano cacete. Foi um desabafo. Quantos de nós não fazemos coisas piores, sendo ou não pessoas públicas?

E brasileiro agora também se ofende com tudo. “Welcome do the Congo!”, escreveu o assessor de imprensa da delegação americana no quadro branco lá na sala de imprensa. Talvez realmente o americano tenha errado, seria melhor dizer Welcome to Bagda! Não tenho as estatísticas, mas não duvido muito que morra mais gente no Rio com a violência do que com a guerra do Iraque. Deve empatar.

E ainda tem o episódio dos Simpsons, cuja dublagem no Brasil foi mudada para impedir os sensíveis brasileiros de ouvirem a Lisa dizer “Que lugar nojento, esse deve ser o lugar mais nojento do mundo”. Ao que o Bart completa, “Mais nojento que o Brasil?”. E Lisa arremata, “depois do Brasil”. Ah fala sério. Porra, é muita babaquice junta.

Enfim, desculpem os palavrões. Só acho que deixa o texto mais real. Como se você estivesse aqui do meu lado conversando comigo. Quer vir?

quinta-feira, julho 26, 2007

A volta ao Cabaré

Cacete, que abandono nesta budega. Estou escrevendo sem olhar a data do último post. Mas já deve ter um mês. Ou quase isso. Enfim, estou de volta.

Pra atualizar a galera do bem que visita o meu blog, nesses dias muitas coisas aconteceram. Uma eu já falei aqui nuns posts anteriores: O noivo da minha cunhada me pegou abraçando a por trás na cozinha e nem conversou. Terminou com a cabrocha. Sumiu. Não disse mais nada. Ainda bem que ela sabia que não havia maldade no abraço, senão eu tava frito também. Bem as mulheres sabem dessas coisas.

O dito cujo, disseram, teve um princípio de infarto. Mas como dizem que não existe princípio de infarto, o pobre deve ter é infartado mesmo. Bem, a história nem procede, porque dias depois ele estava circulando. Deve ter sido algum piripaque passageiro que o conduziu às pressas ao hospital. A saúde da pessoa não é muito boa mesmo.

Minha cunhada, felizmente, passa bem...e muito!

O outro deu um mole surreal...e enfim...isso não posso contar aqui. Relacionamentos podem acabar ao mínimo escorregão.

Assumi há 13 dias a edição interina do site da revista (www.brasilenergia.com.br). Talvez esse o motivo maior de eu não estar postando muito. To trabalhando de 8h às 19h. Aquilo cansa ô. Mas é um trabalho gostoso de se fazer.

No trabalho, também tenho tido alguns problemas. Meu patrão me chamou há umas semanas atrás pra me dizer que eu tava produzindo pouco. Eu, otário, não soube argumentar na hora. Até porque os argumentos dele eram bons.

Botei pra quebrar e acho que retomei um ritmo melhor de produção. Mês que vem espero dar um gás ainda mais forte. Ganhar mais espaço na revista. Escrever matérias melhores. Ainda bem que a qualidade não foi questionada.

Estou fazendo parte de um grupo que corre de kart todo mês com direito a campeonato e o escambau. Corri duas corridas. Cheguei em quarto e quinto respectivamente. São doze pessoas. Na última corrida dei um jeito nas costas que me deixou preocupado. Aí que a gente vê que ta velho: quando as dores demoram pacas a passar. E olha que nem pisei o doce terreno dos 30!

Bem, atualizei minha vida. Agora espero retomar o ritmo normal dos textos. Não deixem também de ver o http://financas-e-ciladas.blogspot.com.

Vou comentar no de vocês já já!

Como diz a Suzi, parei de trabalhar um pouco e voltei a brincar com vocês. Inté.

segunda-feira, julho 02, 2007

Amargo retrato


Kennedy, boy aqui do Cabaré, mora num morro do Complexo do Alemão. Com 16 anos, já tira seu sustento de forma honesta a despeito de todas as tentações de dinheiro fácil existentes no morro. Trabalha de dia, faz segundo grau a noite. Nos fins de semana curte um baile funk. Talvez aí esteja o seu erro. Pobre não tem que se divertir. Tem que apenas sofrer. Nasceu para isso.

Pois então, Kennedy, contrariando sua natureza, resolveu se divertir no fim de semana. Desceu com um amigo a caminho do baile funk. O morro estava ocupado por policiais há duas semanas, na maior operação já feita no morro, elogiada por toda a imprensa nacional. Foi então que chegando no asfalto Kennedy ouviu:

- Ô menor!!!! Tá indo pra onde?

Pobre, além de ter de sofrer, não tem o direito de ir e vir. Eles não são amparados pela Constituição, simplesmente porque não são cidadãos. Kennedy tremia dos pés a cabeça, porque sabia o que estava por vir.

-Tira a roupa, quer ver se tu tem bagulho aí - disse o policial, apenas cumprindo o seu dever.

Kennedy e seu amigo tiraram as roupas. Não havia nada com eles. Estavam nus e continuaram a ser humilhados pelo fantástico policial. Ainda no seu papel de representante do Estado, o soldado pergunta se eles iriam roubar um ônibus ou algum transeunte. Era óbvio, estava na cara que dois garotos negros e favelados só podiam estar descendo pra roubar alguém. Mas os dois estavam desarmados.

-Menor, volta pra casa agora senão vou te encher de porrada
-O sr. poderia me dar minha roupa então?
-Que roupa é o caralho....vc quer sua roupa? Vai buscar.

E jogou as vestes do pobre rapaz numa fossa a céu aberto. Deu dois tapas bem fortes no meio da cara dos dois e os mandou voltarem para casa do jeito que estavam. Kennedy e seu amigo, humilhados, voltaram para casa. Chegando em casa Kennedy, merecidamente, ainda apanhou da mãe. E iria apanhar do pai mais tarde, quando este chegasse da bebedeira em que estava metido desde de manhã.

Amargo retrato do nosso Brasil.