“As coisas de pensar eu deixo para o homem da casa”. Essa foi a frase que ouvi estupefato logo que retornei do almoço e que me fez refletir sobre o comportamento feminino. Apesar de todos as conquistas femininas do século passado – calma gente, isso foi outro dia –, vejo que ainda hoje, já no fim da primeira década do século XXI, as mulheres ainda se colocam em posição inferior no processo decisório de um casal.
Este primeiro parágrafo foi chato e pareceu mais uma análise daqueles especialistas chatos que vão à TV fala sobre quase qualquer assunto. Perdoem-me.
Mas voltando ao assunto, o homem, ao que me parece não foi reduzido à nobre função de abridor de vidros de palmito e azeitonas ou de consertador de chuveiros - quando é na casa daquela vizinha gostosa de 19 anos enrolada na toalha principlamente. Sua influência na vida de um casal ainda é muito mais forte do que a da mulher, tirando aí uns casos isolados aqui e acolá.
Lá em casa, por exemplo, todas as decisões financeiras são minhas. Natural, eu ganho mais que ela, diria o blogueiro que me conhece pessoalmente. Mas ainda que ela ganhasse mais, – e rezo todos os dias para que isso aconteça – seria eu a direcionar as finanças da casa. Com a maioria dos meus amigos também é assim. Até o que se compra ou não se compra para passar o mês é elaborado e executado por mim mesmo. Na maioria das vezes, as mulheres não gostam de pensar as contas da casa.
Geralmente, como na frase que abriu o texto, as coisas que requerem uma reflexão maior ou uma coisa complicada, tecnológica, é atribuição do homem também. Das mais simples, como programar o gravador de DVD, a comprar um computador com uma configuração decente, geralmente é o homem que faz. Uma decisão de fazer um plano de aposentadoria ou juntar dinheiro para a educação dos filhos também geralmente parte do homem. E se não parte, é operacionalizada por ele
Embora isso esteja mudando, na maioria das vezes é o homem que dirige o carro da família. E isso tem uma significado muito especial. É ele quem decide pra onde ir e por onde ir. Isso se reflete nas decisões da casa também.
De certa forma, tendo a achar tudo isso muito natural também, já que tem atribuições que as mulheres são especialistas. Tipo, um pai nunca vai substituir uma mãe. É completamente diferente. Difícil também um homem decidir a decoração da casa, só se tiver um lado feminino muito forte – o meu felizmente é um puta sapatão.
Acho que pouco a pouco cada um dos sexos vai consolidando seu papel na sociedade, com variações aqui e lá. Acho que as mulheres finalmente desistiram de ser homens e os homens reconheceram também a importância delas para a vida deles. Melhor assim. Ou não.
sexta-feira, janeiro 11, 2008
Meninos e meninas
Postado por Beto às 1:11 PM
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