Não agüento mais abrir o jornal todos os dias de amanhã e ver as notícias sobre caos aéreo, declarações orgásmicas de ministros e fulano dizendo que vai resolver o problema, oficiais prendendo sargentos e outras putarias mais. Sim, temos um problema com nossa infra-estrutura aeroportuária. Mas será ela mais importante que o caos na saúde, educação e segurança?
Se um jornal mantiver um coleguinha – como nos referimos a nossos colegas jornalistas – de plantão num hospital, vai precisar ter duas capas por dia. Edição matutina e vespertina, como antigamente. Mas não é isso que acontece. Aí de tempos em tempos sai uma matéria que escandaliza a opinião pública e tudo volta ao esquecimento depois.
É interessante ver a classe média xingando os funcionários das companhias aéreas porque o vôo não sai no horário, mas não estar nem aí para as escolas e hospitais públicos que não funcionam e muito menos para a violência. Vivemos a era do cada um se preocupa com o que é seu. É mais ou menos a filosofia “deixa eu brincar de ser feliz, deixa eu pintar o meu nariz”.
Acho que o brasileiro caminha por um perigoso caminho da passividade excessiva. Longe de mim ser um pessimista ou uma pessoa que reclama de tudo o tempo todo, mas é preciso reagir. Não dá pra esse país continuar o cabaré que está e continuarmos lá no nosso cantinho, bebendo cerveja e admirando a prostituição.
sexta-feira, junho 22, 2007
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