Olha, eu sou um cara que tende sempre à ingenuidade. Mas me parece que o governador eleito Sérgio Cabral vai fazer um bom governo. Não digo que ele vai solucionar os problemas do estado, sobretudo na área de segurança. Mas em outras áreas, pelo time que está montando, tem tudo para ser melhor do que os oito anos do casal Rosinha e Garotinho.
Hoje ele fechou o último secretário - o da Fazenda -, o ex-secretário do Tesouro, Joaquim Levy. O Victer na Cedae também tem tudo para dar certo. Minc no meio ambiente é também uma boa escolha. O cara da segurança - cujo nome não me recordo agora - também tem boas credenciais. Está conversando muito com o Aécio Neves, que tem uma enorme aprovação em MG e colocou as contas do estado no eixo.
Mas como bem sabe a leitora - sobretudo a Suzi -, no papel, time não ganha jogo. Tem que entrar com vontade e determinação de vencer. Eu torço por ele, pelo Rio e pelo Vasco. Afinal, ele é vascaíno.
quarta-feira, novembro 29, 2006
O time da virada
Postado por Beto às 12:06 PM |
segunda-feira, novembro 27, 2006
Observações e opiniões
O que mais faço quando ando pela rua é reparar nos outros. No jeito como as pessoas falam, como se vestem, o tipo de atitude geral diante da vida. Na minha vida particular, acabo sendo assim também e reparando muito nos que estão à minha volta. Um dos meus últimos objetos de observação tem sido o relacionamento das pessoas com a religião. O que tenho visto é que hoje se dá muito mais valor a mostrar para os outros que se tem determinada crença do que buscar a essência da seita a qual se freqüenta.
Cada vez mais tenho a nítida impressão que o que importa hoje é fazer parte de um grupo. Basta isso. Como se tivéssemos voltados a ser índios e fossemos obrigados a ter uma tribo. Essa tribo para muitos é a religião. No dia-a-dia vejo provas irrefutáveis disso.
Um exemplo – e é sempre o meu preferido – são os cristãos protestantes, carinhosamente apelidados de evangélicos por aqui. O que se vê são pessoas paranóicas com a possibilidade de arderem no lago de fogo e enxofre pelo resto da existência da alma. Por isso, só ouvem os cantores evangélicos – que vendem milhões de CDs e ficam ricos assim como os artistas Pop – vêem filmes de Jesus, colocam roupas, adesivos no carro, têm revelações a cada minuto, colocam frases no plano de fundo no computador. E no fim, se esquecem da essência dos ensinamentos de Jesus, que se resumem em Amar Deus sobre todas as coisas e ao próximo – e é nessa parte que falham, sempre – como a si mesmo.
E o melhor é que ficam abitolados, tudo é aviso, tudo é revelação, tudo é demônio. Se alguém está doente, é o espírito da doença que está freqüentando a pessoa. Se está sujo, é o espírito da imundície. Não serão simplesmente estados de espírito? Não fica melhor assim, do que achar que há um demônio na sua casa trazendo problemas para tua família? O que eles estão fazendo na igreja aos domingos e abrindo espaço para esse tipo de coisa freqüentar as vida deles?
E outra. Ainda vou parar pra contar, mas as palavras satanás e demônio são mais repetidas nos cultos do que as próprias palavras de Jesus. E têm sonhos com tudo, com magia negra, com seqüestros, macumbas – em geral já freqüentaram rituais de magia – sempre com coisas ruins. Geralmente – eu disse geralmente não é regra – são perturbados espiritualmente por opressões malignas e outros bichos. Será que isso tudo é tão bom assim para a vida de uma pessoa? Afinal a vida tem que dar certo aqui ou só lá do outro lado?
Os outros objetos de observações têm sido alguns budistas conhecidos. Esses não têm o mesmo problema dos protestantes, pois são mais discretos. Mas também acho que só são budistas por serem, porque é realmente uma doutrina interessante, mas suas essência, dificilíssima de ser seguida, por uma cabeça nascida em terras ocidentais. O que sobra é usar o dialeto próprio, falar palavrinhas – ou mantras – em japonês, desejar boa sorte para todos, mas no fundo não estão nem perto daquilo que deve ser o objetivo da religião. Pelo menos os que eu conheço, não considero pessoas assim crescidas espiritualmente – que acho que é o objetivo de todas as religiões –, são normais, como eu e a estimada leitora.
Se for continuar a falar de cada uma das religiões e a postura dos seus seguidores, vou ter de ficar o dia todo escrevendo e talvez o Google me cobre por isso. Sim, as pessoas têm defeitos, eu acumulo milhões deles. O ponto é que é extremamente difícil seguir uma seita, mas facilmente se gabar por fazer parte dela. E por isso as pessoas não crescem, não melhoram, continuam com as mesmas mesquinharias de sempre, as mesmas picuinhas, os mesmos malditos preconceitos. O que cresce é a hipocrisia e com ela uma piora constante do mundo e das interações entre as pessoas. Uma pena.
Postado por Beto às 3:02 PM |
sexta-feira, novembro 24, 2006
Confiança
Algo que me incomoda muito em mim é o fato de eu não passar confiança para as pessoas. Me deixa sinceramente chateado, porque sou o mais fiel dos amigos quando considero muito alguém. E tem muitas pessoas a minha volta que considero muito atualmente. Que pena que não confiam em mim. Eu é que sou burro e confio demais nos outros.
Provavelmente isso acontece porque sou "doidinho" como dizem alguns. Ou talvez seja tudo uma grande paranóia da minha cabeça, o que é bem provável que seja. Afinal, são elas que me fazem escrever tanta besteira aqui. E o pior, ainda ser lido. Vocês deviam eram jogar tomates e melancias em mim.
Postado por Beto às 4:37 PM |
quinta-feira, novembro 23, 2006
Looking ahead
Eu em mais uma tentativa de ver o futuro. Nunca consigo
A vida é engraçada né? Me lembro quando eu era mais jovem de que ficava imaginando quem seria minha esposa, onde eu trabalharia, se eu teria filhos e onde eu iria morar. Realmente não dá para planejar a vida nem imaginar muito como ela será daqui há alguns anos. As coisas simplesmente acontecem e ninguém tem controle absoluto sobre elas.
Por exemplo, a Tatiane, minha esposa. Quando, que no dia que eu a conheci, imaginei que ela seria minha mulher, possivelmente e provavelmente a mãe dos meus filhos. Ela era simplesmente uma menina bonita, ali, parada no caixa, que me olhava de vez em quando e que eu achava que não teria maiores chances.
Um dia a gente ficou, ficou e foi ficando. Acabou rápido, porque ela era na época uma pulada de cerca. Os anos passaram, terminei meu antigo relacionamento e um belo dia, uma mensagem no ICQ – sim, eu usava isto – dizendo que estava com saudades desencadeou uma série de eventos que foi culminar no último dia 16 de setembro.
E quanto a morar. Nunca passou pela minha cabeça que um dia viria morar no Real Engenho. Para os mais íntimos Realengo (contribuição cultural de Zaira Brilhante). Nasci em São Cristóvão, morei em Ramos até os seis anos, depois na Penha, onde a maior parte das coisas legais da vida aconteceram. Suburbano sei que eu seria, mas não lá no cafundó do Judas, lá na Zona Oeste. Apesar da distância, gosto de lá.
Trabalhar também sempre foi uma incógnita. Nunca havia pensado em ser jornalista até entrar no pré-vestibular. E isso também foi de uma hora pra outra. Entrei na turma de exatas, para partir para a informática ou ciências contábeis, pouco tempo depois estava com a galera de humanas. Agora, jornalista que escreve sobre energia elétrica, já é demais. Nem se eu tivesse muita imaginação teria pensado nisso.
Hoje, recuperei um pouco a coisa de exatas ao mergulhar de cabeça nas finanças corporativas. Ô troço complicado. Pelo menos, mexer com dinheiro eu sei que eu gosto.
E os amigos? Temos uns amigos na infância, outros na adolescência, alguns outros na idade da farra e mais outros quando já somos, assim, adultos (será que já sou?). Alguns resistem a toda essa cronologia, na verdade muito poucos. Depois vamos conhecemos novas pessoas, deixando para trás as antigas e assim a vida vai seguindo seu rumo
Faltam ainda os filhos. Será que teremos? Quantos vão ser? Meninos ou meninas? E onde vou morar daqui há uns anos? Qual carro terei? Qual será meu futuro profissional? E os novos amigos, quais serão? São tantas perguntas e parcas respostas. Me sinto aquele mesmo garoto de sete anos me questionando sobre o futuro.
Postado por Beto às 1:26 PM |
segunda-feira, novembro 20, 2006
Eo bambu? Parte II
Olha eu sou o mais cético dos céticos. Mas o ontem no Pânico na TV ou eles se excederam na brincadeira ou fizeram um dos maiores achados da televisão brasileira: a menina do bambu, nos dias de hoje.
Dá pra desconfiar que é sacanagem porque inventaram uma tal maldição do bambu pra mulher. E que todo dia 12 - como foi aquele dia de 1972 - acontece uma desgraça com ela.
Bem, se não for a mesma pessoa, acho que a verdadeira vai acabar aparecendo. E se for ela mesmo, acho que eles resolveram dar uma forçada com essa tal maldição. Julguem por si mesmos.
Postado por Beto às 2:17 PM |
quinta-feira, novembro 16, 2006
Sílvio Santos e o Bambu
Mais um video direto do amado You Tube. Essa eu achava que era lenda, mas é a pura verdade. Deliciem-se com a espontaneidade da menina.
Postado por Beto às 2:19 PM |
.qualquercoisa
Este feriado desencavei um CD do Raimundos, o "Lavô tá novo". Há muito tempo não ouvia o dito cujo. E a conclusão que cheguei já na terceira música foi a que falta hoje uma grande banda de rock no Brasil e com um som genuinamente brasileiro.
Para quem conhece os caras, sabe que suas músicas misturam guitarras carregadas com todos os "over drives" possíveis, com uma batida na linha do hard core. O melhor de tudo é que eles conseguiam misturar a esse som elementos da música brasileira. Seja no ritmo, seja nos instrumentos. Quando menos se esperava, estava lá o triangulo batendo como num baião.
As letras também não ficam para trás. Dizem tudo o que nós homens pensamos mas não podemos dizer sob pena de sofrermos um linxamento moral das mulheres. Trechos como "fode tanto que dá calo", "No coletivo o que manda é a lei do pau
Quem tem, esfrega nos outros
Quem não tem só se dá mal" e "então se agacha e chupa a rola agora" são a principal mostra disso.
Nas letras também aparecem os carros. Aparece a maconha. No entanto, mais do que isso tudo, aparece a comédia. Elas são engraçadas sempre, desde o início da carreira dos caras. Não um engraçado tipo Mamonas Assassinas, mas um humor mais ácido, extremamente malicioso.
A verdade é que hoje faz falta ter bandas assim no cenário rock and roll nacional .Só há espaço pro pop vestido de rock, com as músicas bonitinhas, todas sobre amores perdidos, amores conquistados, só sobre amores. Para o popzinho de hoje, só isso importa: a necessidade de criar na cabeça das pessoas ilusões sobre o amor. Há exceções, mas nada como o som dos Raimundos.
O Raimundos, por sua vez, perdeu espaço no meio, principalmente depois da saída do Rodolfo, o talentoso da banda - embora ninguém entendesse muito o que ele dizia nas músicas. Mas também não só por isso, e ssim por terem abandonado as raízes. Em Lapadas do Povo, o som já estava mais burocrático, em alguns casos até beirando ao pop. Nada melhor do que "Mulher de fases" para mostrar essa guinada.
Confesso que não ouvi mais a banda depois dessas mudanças, que se não me engano foi lá por meados de 2001. Mas tudo indica que o som agora voltou ao que era antes, mais ainda conectado às raízes. Vou ouvir o ".qualquercoisa" e volto aqui para contar pra vocês. Algumas músicas estão sendo distribuídas legamente em mp3. Me aguardem
Postado por Beto às 10:42 AM |
terça-feira, novembro 14, 2006
Sobre as leitoas
Definitivamente....não foi leitoas que quis dizer - nem vacas...rs - foi mero erro de digitação. Como disse a boneca Suzi, é a idade. Leitoras, me perdoem.
Postado por Beto às 11:48 AM |
segunda-feira, novembro 13, 2006
Feliz aniversário
Ontem foi aniversário do gerente do Cabaré. Ou seja, eu. Tá certo, tá certo, eu tinha que ter colocado algo aqui. Mas eu estava tomando muitas cervejas pra lembrar que este renomado estabelecimento estava em pleno funcionamento e cheio de visitantes.
Queria agradecer às mensagens de feliz aniversário dos amigos blogueiros. E para quem queria bolo (viu Suzi?), aí está ele. Comam a vontade. É de vocês. O dono dessa espelunca tem agora 28 anos - acho que tem que mudar o perfil (já tinha que mudar o "quase marido") - e espera ter pela frente mais 60, 70, 80, se for possível. Desde que tenham pessoas carinhosas como os meus leitores - principalmente as leitoras, que são maioria - para sempre passar essa coisa boa que vocês passam.
Obrigado a todos.
Postado por Beto às 3:31 PM |
quinta-feira, novembro 09, 2006
Bom senso
Tem coisas que são burras de nascença. Digo coisas, não pessoas. Recebo quase que diariamente de uma amiga um e-mail com uma mal-vinda mensagem do dia. É aquele tipo de mensagem que por si só se considera a onipotente e a onipresente. É a receita definitiva para ser feliz. Ah, não me venha com essa.
A vida das pessoas é diferente e por mais que passemos situações parecidas, todas, absolutamente todas têm um contexto diferente. Contexto que é influenciado pela história de toda a sua vida. Seus traumas, medos, desejos – sexuais, por que não? – e ambições. Portanto, não há uma mensagem que sirva para todos. Não há.
Além disso, muitas vezes é humanamente seguir aquilo. Tem uma que diz: trabalhe menos, fique mais com a família, etc. Ora, eu trabalho é pra ganhar dinheiro e para ter alguma satisfação pessoal. Se eu trabalhar menos - levando em consideração a mesma produtividade - vou acabar tomando uma bronca do patrão. Afinal trabalho só o que é necessário, nem mais nem menos. Na verdade, acho que até menos. Gosto de tomar chopp, rir e conversar. Infelizmente nem sempre é possível.
Tem uma outra muito legal, que diz para você rir de tudo. Ser mais criança. Fazer molecagens. Adoro isso também, mas tem hora para ser moleque e tem hora para ser sério. Não há como fugir.
Uma única mensagem do dia que gostaria de receber é: "tenha bom senso, sempre". Basta isso para viver bem. Bom senso é a base de tudo. Serve para universalmente qualquer situação e faz com que o resultado dela seja o melhor possível. É disso que o mundo precisa. E em excesso. Porque nem tudo em excesso é ruim.
Postado por Beto às 2:49 PM |
terça-feira, novembro 07, 2006
Que Maravilha!
Jorge Ben Jor
Lá fora está chovendo
Mas assim mesmo eu vou correndo
Só prá ver o meu amor
pois Ela vem toda de branco
Toda molhada linda e despenteada, que maravilha
Que coisa linda que é o meu amor
Por entre bancários, jatomóveis, ruas e avenidas
Milhões de buzinas tocando minha harmonia sem cessar
Ela vem chegando de branco, meiga pura linda e muito tímida
Com a chuva molhando o seu corpo lindo
Que eu vou abraçar
E a gente no meio da rua do mundo
No meio da chuva, a girar, que maravilha
A girar, que maravilha
A girar
Postado por Beto às 6:06 PM |
segunda-feira, novembro 06, 2006
Coisas estranhas
-Começo a achar que há uma conspiração divino-meteorológica contra os fins de semana. Basta uma segunda-feira começar que o sol vem junto com ela. E vai embora na sexta, sempre. Nem o feriado foi capaz de enganá-lo.
-A conta de luz - só da Light - para nós, pobres consumidores residenciais vai cair 3,99%. Isso significa que se você paga $100 de conta de luz, mês que vem vai pagar $96,01. Já decidiu o que vai fazer como os $3,99 que vão sobrar? Dá pra gente tomar uma cervejinha.
Postado por Beto às 6:29 PM |
domingo, novembro 05, 2006
sábado, novembro 04, 2006
Sacrifício em vão
São meia noite e trinta e cinco minutos e acabo de chegar do cinema. Fui ver "O Sacrifício", com Nicolas Cage no papel de protagonista do filme. Se é que se pode chamá-lo dessa forma.
O filme conta a história de um policial que presencia a morte de uma menina e sua mãe num acidente na estrada. Abalado física e psicologicamente, recebe uma carta de uma antiga namorada pedindo ajuda para recuperar sua filha, supostamente desaparecida. A ex- companheira mora numa ilha, completamente isolada do mundo, em que a maioria da população é de mulheres. E elas é que mandam no local. A história se passa praticamente toda na ilha, onde o policial Edward Malus (Nicolas Cage) tenta a qualquer custo achar a menina, que mais tarde ele vem a descobrir que é sua filha. Daí pra frente, se eu contar perde a graça.
O fato é que pela primeira vez na vida soube o que é um filme ter um péssimo roteiro, como dizem os críticos de cinema por aí, embora eu nem me atreva a ser um deles. Isso deixo pra minha amiga Zaira.
Enfim, a estória é totalmente sem pé nem cabeça. E o final, pra lá de tosco, embora tenha um meritozinho, que de forma alguma compensa a lambança que é o restante do filme. Perdeu de longe para "A Vila", que por sua vez também é bem ruinzinho. Enfim, não recomendo.
Postado por Beto às 12:43 AM |
sexta-feira, novembro 03, 2006
Dormindo no aeroporto
A cara de segunda-feira durou até sexta. É porque o dono do cabaré estava no aeroporto esses dias todos, esperando um avião sair. Dormiu por lá todas as noites, conheceu a revolta das pessoas, a indiferença da companhias aéreas.Tudo sabem porque? Porque os controladores de vôo resolveram trabalhar dentro dos padrões internacionais. Ou seja, pro sistema funcionar, é preciso que eles trabalhem fora do padrão, sob um estresse intenso, sempre com o risco de aniquilar as vidas dos passageiros que voam para lá e para cá. Não sei como funciona lá fora, mas não me importa. Se os caras estão trabalhando no padrão, era pra dar certo. E não deu.
Hoje prometeram que vai melhorar. A conferir. Não é nada, não é nada. Não é nada mesmo.
Postado por Beto às 11:07 AM |