Eu em mais uma tentativa de ver o futuro. Nunca consigo
A vida é engraçada né? Me lembro quando eu era mais jovem de que ficava imaginando quem seria minha esposa, onde eu trabalharia, se eu teria filhos e onde eu iria morar. Realmente não dá para planejar a vida nem imaginar muito como ela será daqui há alguns anos. As coisas simplesmente acontecem e ninguém tem controle absoluto sobre elas.
Por exemplo, a Tatiane, minha esposa. Quando, que no dia que eu a conheci, imaginei que ela seria minha mulher, possivelmente e provavelmente a mãe dos meus filhos. Ela era simplesmente uma menina bonita, ali, parada no caixa, que me olhava de vez em quando e que eu achava que não teria maiores chances.
Um dia a gente ficou, ficou e foi ficando. Acabou rápido, porque ela era na época uma pulada de cerca. Os anos passaram, terminei meu antigo relacionamento e um belo dia, uma mensagem no ICQ – sim, eu usava isto – dizendo que estava com saudades desencadeou uma série de eventos que foi culminar no último dia 16 de setembro.
E quanto a morar. Nunca passou pela minha cabeça que um dia viria morar no Real Engenho. Para os mais íntimos Realengo (contribuição cultural de Zaira Brilhante). Nasci em São Cristóvão, morei em Ramos até os seis anos, depois na Penha, onde a maior parte das coisas legais da vida aconteceram. Suburbano sei que eu seria, mas não lá no cafundó do Judas, lá na Zona Oeste. Apesar da distância, gosto de lá.
Trabalhar também sempre foi uma incógnita. Nunca havia pensado em ser jornalista até entrar no pré-vestibular. E isso também foi de uma hora pra outra. Entrei na turma de exatas, para partir para a informática ou ciências contábeis, pouco tempo depois estava com a galera de humanas. Agora, jornalista que escreve sobre energia elétrica, já é demais. Nem se eu tivesse muita imaginação teria pensado nisso.
Hoje, recuperei um pouco a coisa de exatas ao mergulhar de cabeça nas finanças corporativas. Ô troço complicado. Pelo menos, mexer com dinheiro eu sei que eu gosto.
E os amigos? Temos uns amigos na infância, outros na adolescência, alguns outros na idade da farra e mais outros quando já somos, assim, adultos (será que já sou?). Alguns resistem a toda essa cronologia, na verdade muito poucos. Depois vamos conhecemos novas pessoas, deixando para trás as antigas e assim a vida vai seguindo seu rumo
Faltam ainda os filhos. Será que teremos? Quantos vão ser? Meninos ou meninas? E onde vou morar daqui há uns anos? Qual carro terei? Qual será meu futuro profissional? E os novos amigos, quais serão? São tantas perguntas e parcas respostas. Me sinto aquele mesmo garoto de sete anos me questionando sobre o futuro.
quinta-feira, novembro 23, 2006
Looking ahead
Postado por Beto às 1:26 PM
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