quarta-feira, agosto 23, 2006

Um pouco - só um pouco - de egocentrismo

Dou início neste momento à sessão egocentrismo, ou seja, falar de mim mesmo, que me perdoem as estimadas leitoras. É que hoje percebi como as pessoas sempre se enganam a meu respeito.

Conversando com uma colega do MBA, ela me disse que me acha uma pessoa muito centrada e calma. Eu? Era eu mesmo, mas não me reconheci. Porque tenho esse horrível defeito de não conseguir mostrar a todos quem sou eu.

Bem, centrado, de forma macro até sou, afinal não sou um desequilibrado. Mas constantemente perco o controle, me pego deprimido sem motivo aparente, me acho um fracasso no trabalho, perco a paciência justo com as pessoas que eu amo – como eu gostaria de perdê-la com as que eu odeio.

Sério? Sim, também de forma macro. Mas no meu microuniverso não. Tento fazer graça com tudo. E por isso mesmo muita coisa acaba sendo sem graça. Mas tem horas que acerto e as pessoas riem de verdade.

Mas sempre foi assim. O pessoal que se formou comigo na faculdade me achava Zen. Putz, ta aí uma coisa que eu nunca fui. Sou uma pilha, gosto de agitação, de estar rodeado de amigos, de fazer bagunça, muita bagunça. Mas para isso preciso de um estímulo, ou seja, alguém tão ou mais bagunceiro do que eu. Na verdade acabo sendo o ambiente que me rodeia. Falta de personalidade? É. Pode ser, como diria Ancelmo Gois.

O fato é que acredito – piamente – ser um mistério para muitas pessoas. As pessoas sempre se enganam, acham que sou antipático quando sou só tímido, acham que sou tímido quando realmente tento ser antipático, acham que sou quieto quando quero ser bagunceiro e bagunceiro quando quero ser quieto. Ou seja, nunca consigo passar pras pessoas o que realmente sou: um total pervertido, brincalhão, amigo e fiel.

Pelo menos até hoje não me tomaram como gay. Pelo menos isso!!!