terça-feira, maio 09, 2006

De onze em onze anos

Reencontrei um velho desafeto. É uma mulher. Só que agora estou apaixonado por ela. Ela me seduziu depois de se apresentar com nome e sobrenome. Tivemos uma relação de ódio durante pelo menos 11 anos, onde consegui administrar as crises. Mas depois desses 11 anos, tive que romper tudo. Onze anos depois, como já disse, nos reencontramos. Talvez apenas mais um capricho a brincadeira numérica. Tenho que falar a verdade. Eu é que fui atrás dela. E ela me receebeu como sempre, só que agora importante, uma executiva, só quer falar de negócios. Acabou com aquelas abstrações do passado, aquelas mumunhas, que só me fazia odiá-la mais. Vê se o que o tempo causou nessa jovem. Hoje madura, altiva, senhora de si, ainda me causa calafrios. Mas me despertou a paixão. Não sei se vou chegar a amá-la algum dia, até porque meu relacionamento é com outra e com essa me dou bem. Só que essa outra não me traz mais novidades. Por isso resolvi tentar de novo com meu velho desafeto. E agora ela vem acompanhada de uma amiga - e no futuro acredito que outras - que vão me virar a cabeça. Mas ela nem liga, ela é senhora de tudo e de todos. Ela faz o universo se mover, ou parar. Ela manda e desmanda e me tem nas mãos. Como um fantoche. Sujeito a seus caprichos, sujeito a suas crises de mau humor. Matemática há 11 anos, Matemática Financeira hoje. Como disse nome e sobrenome. E sua amiga mais chata, mas também belíssima, a Estatística. Não sei se sobrevivo a elas, mas vou tentando.