terça-feira, outubro 17, 2006

A vida é cheia deles


Ainda não estou totalmente melhor da gripe. Ela começou na quinta-feira e ainda não me deixou totalmente. Como dizem que gripe forte dura uma semana, tô esperando que quinta eu já esteja 100%. Por enquanto ainda estou na casa dos 65%. Obrigado pelas mensagens de melhoras e de energia. Obrigado!

Mas não é disso que vim falar. Venho falar novamente de sonhos. Semana passada tive um sonho que me deixou muito emocionado e dividi isso com vocês. Desde já, não acredito em nada daquilo que a alma sai do corpo no sonho e blá blá blá. Mas também não desmereço quem acredita. Para mim, sonho é aquilo que está lá adormecido no subconsciente e vem a tona. Me convenci mais disso quando vi um cego falar que quando sonha, ele também é cego. Se valesse o papo da alma e suas viagens astrais, ele veria no sonho. A não ser que sua alma seja cega também.

Essa noite tive um novo sonho esquisito. Mas esse vem de longa data e acredite, é repetido. Repetir sonho deve ser muita falta de criatividade da minha cabeça. Mas vivo sonhando com o fim do mundo. Vivo não, na verdade, em toda minha existência me lembro de três sonhos assim. Mas pra mim já é muito.

No dessa noite, parecia que o fim do mundo viria através da água. Algo como um maremoto. As pessoas eram levadas de trem (ando de trem todos os dias) para um lugar muito diferente do normal afim de se protegerem. E ali esperariam até que o fim do mundo acabasse (sic) e depois poderiam voltar para o mundo que acabou, mas recomeçou. Algo assim, confuso mesmo.

O engraçado é que nesse lugar, eu era casado, sabia que era casado com a Taty, mas eu fui beijar uma amiga dela e o melhor, com a permissão dela. Tipo – vai lá – e eu fui. E ainda teve tempo pra mãos bobas em lugares loucos. Bem eu mesmo.

Não consigo mais lembrar muitas coisas. Só que o lugar em que todas as pessoas estavam era esquisitíssimo. Que eu beijava essa menina. Conversava com outras. Procurava meus pais pelo telefone. Mais nada, não me vem mais nada. Devo ter passado a mão na cabeça quando acordei, pelo menos assim dizia o dito (!) popular.

O primeiro sonho que tive com o fim do mundo, tinha uns 10 anos. O cenário era muito mais catastrófico. O corredor ficava piscando numa luz vermelha. Umas sirenes. Algo com uma bomba atômica ia cair. Era a época da Guerra Fria, embora eu não tivesse a menor noção disso, os noticiários acabavam impregnando a bipolaridade russa e americana em nossas cabeças.

Como o mundo mudou e meus sonhos também. Os sonhos são mais serenos. O mundo é outro hoje. Talvez eu tenha ficado mais sereno, por conhecer minimamente mais as coisas do que naquela época. Talvez seja só um sonho, nada demais. Talvez. Talvez. A vida é cheia deles.