Camisa da Argentina: € 55
Ingresso para o jogo: € 300
Bandeira: € 5
Ver a Argentina desclassificada: Não tem preço!!!
sexta-feira, junho 30, 2006
Hasta la vista hemanitos
Postado por Beto às 11:27 PM |
Revanche sim
É impossível não lembrar daquela tarde de julho de 1998. Eu tinha 19 anos. Não sei se fabriquei essa lembrança, mas o dia era sombrio. Fazia um pouco de frio. A cerveja descia fácil por conta da tensão que estava no ar. Fico até com lágrimas nos olhos ao lembrar daquele dia. Foi um pandemônio, um dia infernal em todos os sentidos.
Pré-jogo. Vieram as primeiras notícias de que Ronaldo – então Ronaldinho – não jogaria porque tinha tido uma convulsão. Até me animei com a possibilidade da entrada do Edmundo, que um ano antes tinha feito felizes os torcedores do meu Vascão ao ajudar o time a consquistar o tri-campeonato brasileiro em cima do Palmeiras. Mas na verdade senti que ali algo começava a dar errado.
Mesmo com toda a confusão, Ronaldo entrou jogando. “Botei, porque botei, porque sou macho” diria Zagallo após o jogo. Enfim, o jogo começa. Roberto Carlos, meu xará, tenta fazer bonito num lance perto da bandeira de escanteio mas deixa a bola escapulir e cede o córner aos franceses. Não lembro bem que bateu, gol do Zidane, de cabeça. 1 X 0.
Ali começava tudo a desmoronar. Poucos minutos depois o Brasil tomaria o segundo gol. Mesmo assim acreditávamos na qualidade do nosso futebol e torcemos, rezamos, fizemos todo o possível para mandar energia positiva para aquela batalha no Stade de France. Vem o segundo tempo, o gol brasileiro não sai e a poucos minutos do fim tomamos o terceiro.
A essa altura eu já estava pra lá de bêbado, tentando esquecer a vexaminosa derrota. Com o apito final, vem o início do furacão. Um amigo, tão bêbado quanto eu, mas muito mais irresponsável grita da esquina da rua que vai atear fogo na mendiga, que lá dormia há anos.
As pessoas correm meio incrédulas para ver se era aquilo mesmo. Chegando perto J. realmente coloca fogo, por sorte, nas coisas da mendiga. Um tio, ao repreendê-lo é surpreendido pelo outro sobrinho, irmão do pirotécnico, com um soco. Começas as brigas.
Um vizinho, com raiva, vai em casa, pega uma faca e ameaça matar J. As pessoas entram em pânico, que gritaria. C., amiga de infância, ajoelha na rua e se pergunta porque aquilo estava acontecendo com a família dela. Eu a consolo. As brigas continuam. Vizinhos descem e discutem entre si. As coisas da mendiga continuam queimando. Nunca houve tanta lavação de roupa suja em tão pouco tempo.
Por isso tenho tanta trauma da França. Sem esquecer que em 1986, primeira copa que eu realmente acompanhei e lembro jogo por jogo, fomos mais cedo para casa, enviados pelos mesmos franceses, leia-se Michel Platini e cia. Sem esquecer que o Zico perdeu um pênalti no final do segundo tempo.
Esse ano, quero revanche sim. Pára com essa bobagem de dizer que é outro jogo é outro time. É revanche e ponto final. Quero que o Brasil mande mais cedo para casa os homens da revolução. Quero sentir o gostinho de ver o Brasil ganhar a França e apagar da mente toda aquela revolução de 98. Pra frente Brasil. Rumual Ékissa!!!
Postado por Beto às 6:07 PM |
quinta-feira, junho 29, 2006
Pegando carona
Eu e Alex em momento de descontração em Saquarema
Peguei emprestado do Falando de mim e Rabiscos de uma vaca insandecida
Qual foi o último filme que você assistiu? Loucuras de Casamento
O que almoçou hoje? Arroz integral, batatas fritas, broto de feijão, soja e picanha
Bebida: Água, sempre
Time de futebol: Vaaaaaaaaaaaaascooo
Mapa astral: Nunca fiz. Sou escorpião
Com quem você não dividiria a mesa do bar? Com gente chata
O que te provoca enjôo? burrice
Qual seu assunto de maior interesse? Mundo virtual
Que tipo de mulher você gostaria de ser? Não seria "ter"?
Para quem você tiraria o chapéu? Pra Jesus, sem sombra de dúvida.
Qual seu tipo ideal? Não idealizo pessoas
O que você pretende da vida? Ser feliz, ter conforto e uma família
Que país gostaria de conhecer? Como já conheci um pouco da França e da Alemanha, não escondo minha atração pelos EUA.
Tem tatuagem? Onde? Nope
Que tipo de coisa você mais gosta? Aprender algo e fazer bem feito
O que vc fazia e não faz mais? Beber em excesso
Que figura mitológica mais te atrai? Não sinto atração por figuras mitológicas
Personagem preferido - telenovela: Tião Galinha (Osmar Prado)
Personagem preferido - literatura: Capitu
Personagem preferido - seriado: Ross, do Friends
Quem vc gostaria que escrevesse sua biografia? Não faço a mínima idéia
Que personagem do seriado Sex and City mais se parece com você? Não vejo esse seriado
Por quem os sinos dobram? Sinos dobram?!
O que menos se parece com vc? Uma pessoa altamente espiritual
Sua última resolução: Beber menos
O que mais te atrai? Sensualidade e inteligência
Sentimento do dia: Dever cumprido
Em tempo: Rumual Ékissa!!!!
Postado por Beto às 10:15 PM |
Doce emoção
A emoção era tanta que até dormi. Ao meu lado, Polito (D) e Alexandre (E)
Uma ansiedade toma conta do ambiente, as pessoas aguardam o instante crucial, aquele em que todos os povos são iguais e lutam por um mesmo ideal - vencer. O coração bate forte, o medo da derrota assombra, cigarros acendem-se, cigarros apagam-se, o suor escorre de nervoso, mesmo num dia frio de junho. Um dia em que os corações nada de frio têm. Sobrecarregados pela adrenalina, pela emoção, se contraem e distraem (sic), num esforço sem tamanho para manter o sujeito ali em pe, roendo as unhas, com o grito preso na garganta, o grito de gol.
E ele vem, as pessoas se abraçam, os mais animados urram como leões ferozes a procura de sua fêmea. Que alegria é aquela nos rostos? Que capacidade de se esquecerem dos próprios problemas e se unirem, numa corrente de bons fluidos? Fluidos que movem o mundo, movem uma bola e são movidos por ela. Uma borboleta batendo asas no afeganistão não faria estrago maior do que uma bola tocando o fundo das redes.
O momento de animação passa, todos querem mais um, mais dois, mais três, mais mil. Querem o show das jogadas bonitas, das bolas bem tocadas, dos dribles desconcertantes. Aliás, que outros adjetivos poderia se dar aos dribles, esses que desmontam expectativas, derrubam adversários, encantam o mundo, como num balé desingonçado?
Quantos cronistas já se expressaram sobre essa mágica? Quantas linhas de encantamento infantil já foram escritas, movidas pela hipnose dos magos da bola? Sim, temos problemas, as crianças passam fome, a política é só poder, a violência tira nosso direito de ir e vir, mas por que não se orgulhar de 22 caras que fazem o país esquecer tudo isso em 90 minutos, provocando uma alegria quase alucinógena em cada ser humano que os acompanham, mesmo que temporária. "Posto que é chama, que seja eterna enquanto dure", diria Vinícius.
A Copa do Mundo é isso, uma substância entorpecente que não causa dependência química nem psíquica. Que faz sorrir, quando se poderia estar chorando. Que traz união, quando se poderia estar brigando. Que traz amor, no lugar de ódio. Que provoca calafrios, em vez de apatia. Que faz nossa amarga vida, ser um pouco mais doce.
Postado por Beto às 3:32 PM |
quarta-feira, junho 28, 2006
Lei para quê? - Gerador ilegal
Gerador joga fumaça poluente para dentro dos apartamentos durante a noite
A ilegalidade continua, o que torna inesgotável a série "Lei para quê?". Desta vez, o problema me atinge mais diretamente do que nunca. Embaixo do meu prédio funciona um bingo - o Bingo Penha. Os donos de tão ilibada instituição, por não terem dinheiro para pagar a conta de luz, cortaram relações com a Light e instalaram um gerador a diesel na calçada do meu prédio. O equipamento funciona dia e noite a partir do meio-dia até às 6h da manhã, jogando fumaça para dentro das nossos apartamentos.
O fato é que se já não respirávamos bem aqui na Penha, agora respiramos pior. Tenho sentido dificuldade em dormir e em mais de uma manhã acordei com sensações esquisitas, como uma dor de cabeça estranha, tonturas e falta de ar. Meu pai tem problemas respiratórios sérios e está tendo seu quadro agravado.
Já tentei de tudo. Meus pais chamaram a polícia, que disse que nada poderia fazer. Contactei a prefeitura, que mandou uma "patrulha ambiental" aqui no prédio. Acabei ajudando umas quatro pessoas a aumentar a renda este mês. Sim, não tenho dúvidas que eles receberam propina e foram embora - me responderam por e-mail que não foi constatada nenhuma irregularidade. Resposta pra palhaço ler. Como última tentativa mandei um e-mail para o RJ TV, que nunca deu as caras - se fosse no Leblon talvez.
A direção do Bingo disse que retira o equipamento dia 02. A conferir. O que eu não entendo é o seguinte: se eles não têm dinheiro para pagar a Light, como têm dinheiro para pagar o diesel que move aquele bicho lá embaixo? Ah, como sou bobo.
Postado por Beto às 8:48 PM |
terça-feira, junho 27, 2006
Rumual Ékissa!!!!
Olha, longe de mim ser o pessimista. Mas o dia hoje amanheceu tão esquisito. Um vento frio. Um céu cinza digno de música do Legião Urbana. Um clima esquisito no ar. Uns arrepios. Tenho medo de algo de ruim acontecer hoje. E me refiro à seleção, é óbvio. Talvez seja ansiedade normal do primeiro jogo das oitavas, aquele em que começa o tudo ou nada. Mas quero pensar em coisas boas, no almoço na casa da Suzi, no divertido Rumual, no diabinho e no anjinho falando no ouvido da Monica (alguma ela deve estar aprontando). Bem, pensamento positivo. Bola pra frente. Dia de vitória. Brasil!!! Rumual Ékissa!!!!!!
Postado por Beto às 10:20 AM |
segunda-feira, junho 26, 2006
Capitalismo selvagem
Estou tentando fazer uma reflexão em cima de algo ruim - que já era esperado - que aconteceu hoje. Para situar minhas leitoras, minha noiva Tatiane trabalha na mesma empresa que eu, ela é telefonista/recepcionista, ou melhor, era. Ela foi demitida por um motivo esdrúxulo: não aceitar ficar com a responsabilidade de abrir a empresa, ás 7h da manhã. Responsabilidade que o setor administrativo da empresa não quis assumir nunca e que a jornalista responsável pelo conteúdo do site - que mora aqui pertinho em Santa - quis passar para frente, porque, isso tenho que admitir, tornava seu trabalho improdutivo.
O fato é que Tatiane mora em Realengo e para estar aqui às 7h, teria que acordar às 5h. Seja subúrbio ou zona sul, todos sabem que o Rio é perigoso a essa hora e - digo isso sem nenhum preconceito, só pela vericidade do relato - que isso é hora de faxineiras e pedreiros acordarem, porque não tiveram oportunidade de estudar e por isso se sujeitam aos caprichos capitalistas para poderem servir ao sistema. E o cafézinho do chefe também
Tatiane estudou. Se formou em Letras, viu que não era a dela, e agora faz Direito. Ainda não conseguiu um estágio e, por isso, permanecia aqui. De uma maneira ou de outra, o emprego a ajudava a pagar a faculdade. Mas como ela disse, os empresários não querem, nem procuraram saber disso. Valorizam aqueles que, por motivos diversos, chegaram a níveis mais altos dentro da empresa, e desvalorizam aqueles que acordam 5h40m da manhã e fazem a empresa funcionar. Valorizam quem não demonstra o mínimo etsão pelo trabalho e desvaloriza aqueles que "fazem o serviço sujo". Tudo pelo bem do lucro, pelo bem do capitalismo.
Leitoras, não pensem que sou comunista, socialista, esquedista, e tudo mais que termina com "ista", exceto jornalista. Me acho até muito de direita, seja lá o que isso significa hoje no país. Mas essa lógica é burra. Colocar o interesse da empresa na frente do ser humano é algo que fere todos os atributos do bom senso. Se ainda fosse o interesse público – olha o Direito Administrativo aí – vá lá, mas é o interesse de um, dois e ponto. Infelizmente vivemos a cultura do egoísmo e da maximização dos lucros.
O texto deve parecer a todas vocês um pouco do choradeira pelo o que aconteceu, e digo que até é, porque estou escrevendo no calor do momento. Mas sabe, não gosto de injustiça. Porque sei que mesmo sendo um emprego de merda, a Taty sempre o valorizou pelos benefícios que ele a propiciou. Mas no final não foi valorizada. O que peço é que agora a Tatiane consiga se realizar profissionalmente e possa jogar na cara daqueles que fizeram isso com ela, que ela está acima disso tudo.
Postado por Beto às 4:07 PM |
sábado, junho 24, 2006
Na lateral
Ser lateral é horrível. Olha a cara de sofrimento do cicinho
Porra, hoje me colocaram pra jogar na lateral direita. Eu, que já venho jogando há três sábados seguidos, pensei: "Ah, já tô em forma, dá para jogar lá". E fui. Não durou 20 minutos meu entusiamo. Já estava botando a língua pra fora e não tava produzindo nada. Agora vejo como sofrem os laterais da seleção. Ô posição ingrata. Eles são por origem jogadores de defesa que têm obrigação de atacar. E esse sobe-para-o-ataque-volta-para-a-defesa é extremamente cansativo. Faltando dez minutos para o fim do primeiro tempo pedi, melhor, implorei, pra voltar pra zaga. O time já estava desestruturado, estávamos com um a menos. E perdíamos. Perdíamos por 6 x 0 (foi só eu sair da zaga central..rs). Não deu tempo de fazer muito. Vim pro segundo tempo já com o fôlego reestabelecido e claro, pra jogar na zaga central. Fiz uma grande partida, pelo menos não tomamos mais gol até os 25 minutos, quando eu saí pra dar a vaga para um companheiro. Mas também não fizemos gol, o ataque não funcionava. 6 x 0. Agora só sábado que vem.
Postado por Beto às 2:17 PM |
quarta-feira, junho 21, 2006
Lei para quê? - Transporte Ilegal
Linhas de ônibus dividem espaço com transporte ilegal na Penha, subúrbio da cidade
Com um dia de atraso, inicio hoje a série "Lei para quê?", e como havia prometido, o assunto de estréia é o transporte ilegal. No Rio de Janeiro - e acredito em outras grandes metrópoles também - vivemos um verdadeiro caos urbano. Linhas de ônibus diariamente disputam espaço - e perdem - com as Kombis. A frouxidão do Estado em se fazer cumprir a lei e a falta de planejamento para o setor de transporte carioca fez com que alcançássemos uma frota de vans e kombis de 40 mil veículos, sendo 32 mil deles ilegais.
Esses veículos, além de não oferecerem segurança alguma aos passageiros, fazem o trajeto que bem entendem e chegam a colocar o número da linha de ônibus correspondente ao seu trajeto nos pára-brisas. Além disso, usam sistemas de som com níveis de decibéis muito acima dos permitidos, como forma de atrair a clientela. O que me deixa mais estupefato é que não há repressão e, se há, dura um, dois dias e lá estão elas de novo de volta às ruas.
As empresas de ônibus no entanto têm parcela de culpa nesse problema. Ao oferecerem pouco conforto aos passageiros e intervalos totalmente irregulares e imprevisíveis, fizeram com que parte da população migrasse para o transporte ilegal, que muitas vezes opera em horários alternativos, sobretudo após a meia noite. O resultado foi uma perda de mercado de 25%, contabilizada pela Rio ônibus, associação que reúne os empresários do setor.
Por outro lado, a falta de planejamento por parte do Estado – e quando digo Estado estou incluindo as três esferas de poder – faz com que tenhamos linhas sobrepostas umas às outras, linhas ineficientes e integrações estapafúrdias com o Metrô e o trem, que em alguns casos têm pouca utilidade.
Retomo o ponto em que falta pulso ao Estado. Por razões eleitorais, o poder faz vista grossa para esses casos e enquanto isso a população sofre com um transporte burro, desorganizado, inseguro e ilegal. Tem lei para quê?
Postado por Beto às 11:53 PM |
segunda-feira, junho 19, 2006
Lei para quê?
A idéia não é nem de longe nova, mas inicio hoje, inspirado na série de O Globo "Ilegal sim e daí?" a minha série Lei para quê? O objetivo é mostrar algo que todo mundo já sabe, mas talvez não se dê conta: que as leis, sejam em âmbito federal, estadual e municipal, estão aí para serem desrespeitadas. É incrível a capacidade de as leis brasileiras não "pegarem". Servirem apenas de enfeites para nossos legisladores em busca de votos e mais quatro anos no poder. A causa? Impunidade, falta de autoridade do Estado, lobbys diversos. Até quando?
Não perca amanhã o primeiro tema: Transporte ilegal.
Postado por Beto às 11:00 PM |
sábado, junho 17, 2006
Um minuto de silêncio
Ela é impiedosa, incansável, avassaladora. Com ela não tem discussão, não tem suborno, não tem choro nem vela, dependendo de que ângulo se olha a coisa. Seu trabalho é necessário, mas quando ela ataca perto da gente, ficamos assustados, nos sentidos impotentes diante de sua força, de sua autoridade de anjo enviado por Deus para subtrair corpos, ceifar famílias com sua foice infalível, tirar o que há de mais bonito em nossa existência. Aquilo que Deus nos deu para que pudesse conferir o que fazemos dela: a vida. Essa semana, duas pessoas queridas morreram e fico triste por isso. Uma, apenas um ícone dos comediantes brasileiros. Bussunda, colega de profissão, que morreu hoje aos 44 anos, com um infarto fulminante. Outra, o jovem companheiro das peladas de sábado que foi pego pelo câncer e não resistiu, tendo a oportunidade de viver apenas 17 anos de vida, dos quais os últimos dias foram vividos essa semana. O que eu peço é que ele tenha vivido esses 17 anos com toda a intensidade possível, que possa ter vivido mais do que eu que vou aí passando dos 27. Presto minha homenagem a essas duas pessoas, que por cisrcunstâncias diferentes se uniram em algum lugar que nossa mente terrena não alcança. Descansem em paz.
Postado por Beto às 9:27 PM |
quinta-feira, junho 15, 2006
Tarde de outono
Como faz bem um dia de sol de outono, tomar um bom banho de mar, pegar umas duas ou três ondas, conversar na areia com os amigos. Conversar sobre o futuro, colocar os planos na mesa, falar sobre ambições, desejos, sonhos de consumo, falar da maneira como cada um se enxerga daqui a 10, 20 outonos. Falar mal do casamento, do namoro, contar as manias do outro, olhar as pessoas passando, olhar o mundo a volta e descobrir que tem horas que ele pode ser e é lindo. Próximo a perfeição. Digo que às vezes até chega lá. Depois voltar no carro, ouvindo música, cantando alto junto com os amigos. Aqueles amigos que você sabe que faz pra sempre, mesmo que a distância um dia separe, de alguma forma, os amigos sempre vão ficar guardados no coração. Ter amigos é muito bom, quando são verdadeiros, melhor ainda.
Postado por Beto às 6:24 PM |
terça-feira, junho 13, 2006
Bonito futebol
Crédito :AFP
Kaká é um dos grandes nomes para essa Copa do Mundo, e com seu belo futebol, pode nos deixar mais perto do hexa
O post é somente uma retribuição a amiga blogueira Suzi que fez uma homenagem às belas mulheres da copa. COnsidero o Kaká como um dos grandes nomes dessa copa, junto com o Ronaldinho Gaúcho e o Robinho. A expectativa para o jogo de hoje é grande. Só depende dos nosso 22 garotos lá na Alemanha fazerem bonito. QUE VENHA A CROÁCIA!!!!
Postado por Beto às 11:47 AM |
segunda-feira, junho 12, 2006
Outro devaneio
De novo eu entro no meio velho devaneio. Dessa vez, sem premeditação, sem nenhum plano, só o acaso e uma oportunidade à espera. As flores são azuis, acredito, num jardim branco e bem pequeno. Um leve toque e tudo recomeça. A pulsação forte do meu ser me compele a impor minha presença física. Mais um segundo de consentimento, mesclado com uma repulsa que quer ser consentimento. De novo o consentimento. Tudo verde à minha volta, olho o olho mágico, giro a maçaneta tentando fingir que eu não estou ali. Mas estou de corpo e alma, não sei se mais corpo ou mais alma. Às vezes até duvido que ambos estavam lá. Um movimento me engana, ilude, e eu iludido encosto a cabeça na parede toda verde em sinal de cansaço. O coração bate forte e as pernas tremem de medo. Me sinto vigiado. Já está chegando, já está chegando. Dou as costas e me livro do tormento bom que me invade sempre nessas ocasiões. Volto a ser quem eu era numa fração de segundo. Ainda olho para trás pra ver se me vejo lá, no lugar onde eu queria estar. Mas só o que vejo são os trilhos de uma vida que segue em frente, sempre.
Postado por Beto às 11:44 PM |
Copa do Mundo
Hoje teremos mais três jogos pela Copa do Mundo, um deles de extrema importância para os brasileiros e que já está rolando nesse momento - Austrália e Japão. Dois times com pouca tradição no futebol. O primeiro estreando na competição não deve oferecer maiores perigos. O segundo, já gato escaldado na competição, mas sem muita força. O fato, no entanto, é que os dois serão adversários do Brasil nos próximos jogos, então é sempre bom estar atento. Bem, meu palpite, 2 x 1 para o Japão.
Durante o dia ainda teremos EUA X Rep Tcheca e Itália x Gana. Acho que os dois jogos têm vencedores certos, Itália e Rep Tcheca. Os EUA vêm com uma seleção bem preparada fisicamente mas ainda pecam na técnica. E Gana, faz parte do ainda perdedor futebol africano e não deve provocar maioreses sustos vamos esperar.
PS: Já está 1 x 0 para o Japão
Postado por Beto às 10:31 AM |
domingo, junho 11, 2006
Suécia campeã!!!!
Crédito: AFP
Se depender dela, a Suécia já é a campeã da Copa do Mundo
A Copa do Mundo completa seu terceiro dia e já tenho algumas constatações a fazer.
1-Galvão Bueno é um mala: O narrador top da nossa amada Rede Globo encheu o saco durante o jogo Inglaterra x Paraguai por causa do Juiz. Galvão alfinetava o cara porque ele tinha gel no cabelo, porque ele é conhecido como Pequeno Drácula, se perguntou o tempo todo se a Fifa não via que aquele juiz era uma bosta, etc. Mas o que mais irritou foi ele criticando as reversões de lateral. Quem joga futebol (de verdade), sabe que se, ao bater o lateral o jogador soltar a bola depois da linha da cabeça, o lateral tem de ser revertido. Mas não, o imbecil ficou enchendo o saco.
2-Brasil campeão: Pelo o que se viu até agora, o Brasil só perde para ele mesmo. Sei que é chavão, mas os times ditos "potências" estão infinitamente mais fracos que nossa seleção. A Inglaterra é um fiasco, a Suécia, outro, a Argentina tomou sufoco, a Holanda é fraquinha e Alemanha, nem se fala, com aquela defesa horrorosa.
3-Suécia na frente: No quesito beleza, a Suécia já é a campeã. Olha a beldade no início do post. Quem fez aquilo perdeu a forma e ficou com aminésia. Meus parabéns!
4-Tensão: Vai chegando perto do Jogo do Brasil e a expectativa vai aumentando. Esperamos que a seleção não nos decepcione, pois não há time mais forte que ela nessa competição
5-Sono: Eu vou dormir, porque apesar de ser uma semana tranquila para muitas pessoas, a minha vai ser do cão.
Postado por Beto às 10:06 PM |
quinta-feira, junho 08, 2006
Last night on earth III
O Holograma volta a piscar, dessa vez é a Tatiane querendo falar comigo. “Oi amor”, disse. Emendei, “Foi cedo para o trabalho hoje?”. Ela disse. “Precisei chegar cedo para atender a dois clientes que vão a julgamento ainda hoje”. Conversamos sobre banalidades e ele me falou do que havia visto nos Holooutdoors nas ruas. “Parece que estamos prestes a ter guerra. A China e a Coréia apontaram mísseis nucleares para o Japão”. Eu disse. “Ihh, fica tranquila, essa é sexta vez em dois anos que isso acontece. Daqui a pouco eles chegam a um acordo”.
A verdade era que as relações entre China e Japão estavam estavam estremecidas há pelo menos quatro décadas. Os Estados Unidos, aliados do Japão, estavam cada vez mais insatisfeitos com os avanços econômicos da China, país que se tornara referência mundial de estilo de vida. O Chinese Way of Life era o novo bezerro de ouro em que o mundo queria se apegar. Cansado da tão falada liberdade e democracia apregoada pelos EUA durante todo o século, o mundo agora se curvava ao modo de viver dos chineses, onde tudo, até a vida dos cidadãos era comandada pelo estado, com pulso forte. A contrapartida vinha nos serviços gratuitos e bem prestados de saúde, educação e alimentação, diretamente pelo governo chinês e dos países alinhados a ele.
Por sua vez, a China e a Coréia do Norte aumentavam seu poderio militar e tecnológico em progressão geométrica, ameaçando qualquer país que se opusesse ao Chinese Way of Life. O Brasil continuava na letargia de sempre, tentando agradar a tudo e todos. Tínhamos os nossos próprios problemas para enfrentar e preferíamos olhar para eles.
Postado por Beto às 10:33 PM |
Capa
Minhas queridas leitoras, preciso da ajuda de vocês. Esotu fazendo uma matéria esse mês sobre "financiabilidade do setor elétrico". Até agora pelo o que venho apurando, o foco principal da matéria está sendo o aumento significativo da tomada de recursos no mercado de capitais (lançamento de ações, emissão de debêntures, securitização de recebíveis) desde que o novo modelo do setor elétrico foi aprovado. O novo modelo do setor foi a nova legislação feita para o setor desde que o Lula assumiu. Os analistas de mercado dizem que esse novo modelo diminuiu e muito o risco das empresas e por isso houve o aumento nas captações.
É aqui que preciso de vocês. Preciso de uma sugestão de capa pra essa matéria. Sou péssimo nisso e a criatividade feminina sempre é infinitamente superior à nossa. FAçam aí um brainstorm e me dêem idéias de boas capas, ilustrações, fotos, valeu tudo...até bichinho de pelúcia (se for o caso de a criatividade de vcs alcançarem tamanho nível). Por isso tô aqui contanto com vocês. Obrigado desde já!
Postado por Beto às 11:17 AM |
quarta-feira, junho 07, 2006
Dia do fico
Volto a escrever sobre um dos meus assuntos preferidos, que é o mundo virtual. E volto a bater na tecla do Orkut. O movimento de saída do site continua, só que agora de forma mais racional. Primeiro saíram os que se expuseram demais, se arrependeram e voltaram atrás. Nesse mean time saíram também pessoas que estava tendo problemas com seus respectivos por conta de scraps mais ousados, com palavras como lindo/linda, saudades e outras mais ou menos carinhosas. A terceira onda de saída do Orkut vai se dando por questões de segurança - uma real e outra virtual. Já ouvi caso de sequestros - não conheço ninguém que realmente tenha passsado por isso, só aqueles amigos de amigos que a gente ouve falar - assaltos e algumas outras possíveis e improváveis mazelas. No mundo virtual a coisa ficou mais séria. Se por um lado, houve algumas clonagens de perfis, por outro houve quem descobrisse uma maneira de infectar o computador dos outros com links como "veja essa foto" vindos de gente conhecida. Mais uma vez, digo que permaneço no Orkut, não entro nessas ondas ainda. Como canso de falar, o saldo do orkut pra mim é muito positivo e enquanto assim fica, eu digo que fico!!!
Postado por Beto às 11:12 PM |
10 razões para um bom dia!
Mais um dia se inicia. E pelo menos pelas aparências - e olha que as aparências enganam - promete ser um lindo e ótimo dia. Uma névoa que parece um pouco com poluição cobre parte do Pão de Açúcar, mas acima dele a beleza reina. Aqui dentro faz por volta de 26 graus, as pessoas riem, conversam. Tá certo que eu estou com um pouco de sono, mas tenho esperanças que este seja um dia legal. Enquanto isso...
1-A invasão do MLST no Congresso
2-Cachorros terão que instalar michochip
3-A polícia já tirou o policiamento da área onde o Detonauta foi morto
4-Ninguém respeita os vagões das mulheres (pelo menos na Supervia)
5-As bolhas do Ronaldo melhoraram
6-A Varig está próxima de ir a leilão
7-A conta de luz vai aumentar
8-A praia da Macumba está imprópria
9-O Lula será reeleito
10-O Brasil será hexa
Postado por Beto às 9:44 AM |
terça-feira, junho 06, 2006
Last Night on Earth - II
Sento à mesa do café, o holograma volta a aparecer com uma notícia preocupante. “Tensão entre China e Japão aumenta e deixa mundo a beira da Terceira Guerra Mundial”. “Você quer ver a notícia completa?”, me perguntava a simpática âncora. Eu pensei: “Já não chega a trincheira de guerra que virou a metrópole e agora falam em guerra mundial”. Com um ar de impaciência, disse. “Não, próxima”. Seguiram-se outras notícias de economia, cidade e por fim esportes, do que jeito que eu havia assinado com a operadora de Holocable local.
Postado por Beto às 5:53 PM |
segunda-feira, junho 05, 2006
Last Night on Earth - I
Reedição de um antigo texto:
Guanabara, 04 de Janeiro de 2043, oito horas da manhã. O meu Sony Hologram me desperta com um holograma de uma âncora de um programa de notícias – por sinal muito bonita – falando sobre os principais acontecimentos do dia anterior e as previsões para o que estava começando. Sinto o cheiro de pão quentinho feito no Brastemp All Cooker, programado para fazer o pão nosso de cada dia naquele horário. Uma leve dor de cabeça logo é exterminada com a injeção Headache Free, injetada diretamente no meu cérebro, via um nano canal aberto em minha têmpora.
Postado por Beto às 6:37 PM |
Brasil
A Copa do Mundo está chegando e é sempre a mesma coisa. Bandeiras do Brasil por toda parte, ruas enfeitadas, aquele clima de carnaval, feriado prolongado. Ver o jogo num bar no centro da cidade e depois curtir um happy hour numa boate. Muito legal né? É, eu também acho e muito. O que me deixa chateado, no entanto, é que é só nessa época que o brasileiro mostra seu orgulho patriota. É incrível que mesmo que o Brasil vença a copa - e eu já presenciei duas vitórias - é acabar o jogo e as bandeirinhas são tiradas dos carros, os enfeites arrancados das ruas, pronto, volta tudo ao normal. Por que não somos assim patriotas durante os outros três anos? Por que não temos orgulho em vestir uma camisa do Brasil - não da seleção brasileira - nesse intervalo e achamos legal vestir uma camisa com dizeres em inglês, ou ir na Melt, no Shenaningans, ou sei lá mais onde? Não é xenofobia, mas deveríamos valorizar mais nosso país, uma terra encantadora, cheio de recursos naturais que poucos países têm, com um clima maravilhoso a maior parte do ano e uma gente alegre, receptiva e calorosa. Essa mesma gente que deixa de ser patriota ao fim de um campeonato de futebol, mas que, salvo execeções, faz desse país um lugar maravilhoso de se viver. Eu decidi, vou colocar uma bandeira no meu carro. Assim que a copa acabar, vença quem vencer.
Postado por Beto às 8:52 AM |
sexta-feira, junho 02, 2006
Queridas leitoras...
A pedido das minhas lindas seis leitoras, acabo de desabilitar a verificação de palavras para postagem de comentários. Que aliás nem sabia que estava habilitada. Assim vocês ajudam a fazer um cabaré melhor. E por isso tenho um comunicado: acabo de elegê-las minhas consultoras para assuntos de designs blogueiros. Quem for bom na coisa e quiser me ajudar, por favor o faça, porque eu sou uma negação em design. Beijos a vocês todas.
Postado por Beto às 10:28 PM |
Sexta melancolia
Sexta-feira melancólica essa aqui no Rio. Faz um pouco de frio - o ponto de congelamento dos cariocas é 15º, hoje faz 18º - chove fino e triste, parece que em homenagem a noite fracassada do Cabaré. Mas melancólica que a sexta-feira carioca é a situação que vive nossa cidade - e talvez outras tantas grandes cidades. Desço no elevador com uma ex-vizinha que me disse ter tido seu carro roubado - no caso dela já era a segunda vez. Venho lendo no trem um artigo na Exame falando sobre o modo como os criminosos são tratados no país. Por incrível que pareça eles são tratados como vítimas da sociedade. Olha isso. Vítimas. Cada vez surgem mais leis para abrandar as penas dos criminosos. Réu primário sai com 1/6 da pena cumprida. O ladrão de carros de Copa foi liberado da prisão para procurar emprego (sic) de dia e voltar a cadeia de noite. Como se furtar carros fosse emprego. Na outra ponta os bandidos cada vez mais enxergam o enfraquecimento do poder e se fortalecem, se criam, fazem o que querem. E nós, pobres mortais, temos de conviver com a iminência de sermos assaltados, mortos ou termos nossos familiares e amigos nessa situação. Pra mim basta! Criminoso tem de ser tratado como inimigo do brasileiro. Meu, seu, nosso inimigo.
Postado por Beto às 10:55 AM |
quinta-feira, junho 01, 2006
Tempos difíceis
O Cabaré hoje está vazio. As putas não vieram. Alguns bêbados ainda resistem ao som de "Não me deixe só". A cerveja tá quente, as atendentes com uma puta má vontade. O segurança na porta já desistiu de olhar os nomes da lista. O som não tá legal. O DJ é particularmente ruim. O piso está sujo, o cabaré tá fedido. A máquina de cartão de crédito não funciona. Quando vai voltar o tempo das putas abundantes, do cassino, dos jornalistas que se aventuravam por aqui em busca de uma satisfação que não existe? As luzes do Cabaré já não se acendem. O ambiente não tem mais o brilho de outrora. Mesmo assim, o Cabaré insiste em ficar aberto. Em tomar prejuízo atrás de prejuízo. Em buscar aquele tempo que se foi e não volta mais. Em busca da energia da sua juventude, que se perdeu, ou se transformou. Outros cabarés a volta se fecham diante das dificuldades. O 349 não. Insiste que será o último dos moicanos. Mostra sua força inexistente. Dá suspiros de um moribundo que reluta em viver. Hoje o Cabaré está vazio, amanhã não mais.
Postado por Beto às 11:32 PM |